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Memória U.Porto

Antigos Estudantes Ilustres da Universidade do Porto

Armando Basto

Fotografia de Armando Basto Armando Basto
1889-1923
Pintor, caricaturista, escultor e decorador



Retrato do Dr. Pimentel - 1918Armando Pereira Basto nasceu no Porto em 1889.

Nesta cidade viria a frequentar a Academia Portuense de Belas Artes (1903-10), onde foi aluno de José de Brito e de Marques de Oliveira. Durante este percurso académico obteve o Prémio Soares dos Reis, no quarto ano da licenciatura.

Armando Basto nutria especial admiração não só pelos caricaturistas Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905) e Celso Hermínio (1871-1904), mas também pelos humoristas franceses e alemães.
No princípio do século XX participou nos grupos de "Humoristas", "Fantasistas" e "Modernistas", com caricaturas e outras composições, entre as quais adquiriu especial destaque O Lindo Gesto da Revolução, na qual representou um popular a guardar um banco no dia 5 de Outubro de 1910.
A sua primeira exposição individual, no Porto, compôs-se de figuras portuenses, temas políticos e observações acerca de diversos acontecimentos regionais.

Em 1910 viajou até Paris, para aprofundar os seus estudos. Na capital parisiense inscreveu-se em vários cursos (Arquitectura, Desenho e Escultura), sem, no entanto, os concluir. Inspirou-se na arte de mestres como Edouard Manet (1832-1883) e Amadeo Modigliani (1884-1920) e confraternizou com outros artistas portugueses residentes em Paris, sobretudo com Abel Manta, António Azevedo, José Bragança, Emmercio Nunes, Alberto Cardoso, Francisco Smith, Amadeo Sousa Cardoso e Diogo de Macedo.

Caricatura de Leal da CâmaraDurante a sua estadia em Paris, e apesar de se ter debatido com dificuldades financeiras e com problemas de saúde (passou uma temporada no hospital, em 1914), frequentou a Cité Falguière e Montparnasse e manteve a sua forte ligação ao desenho humorístico. Com Aquilino Ribeiro e Leal da Câmara lançou a revista Génio Latino, na qual também participariam Manuel Jardim e Anjos Teixeira. Colaborou em folhetos franceses e expôs no Salon des Humoristes, no Palais de Glace. Neste período, muitos dos seus desenhos eram assinados com um "A" dentro de um quadrado ou com o pseudónimo Boulemiche.

Após o seu regresso a Portugal, em 1915, continuou a dedicar-se à pintura e aos trabalhos gráficos.

Em 1916 foi o animador do Salão dos Fantasistas do Porto, onde, no ano anterior, tentara fundar um grupo de Independentes. Dois anos depois voltou a expor no Porto e em Lisboa, cidade esta onde tentou, sem sucesso, triunfar, no ano de 1923.

Capa do livro Teoria da IndiferençaApesar da sua curta carreira artística teve tempo, ainda, para dirigir os jornais humorísticos "Coruja", "A Folia" e "Lúcifer afilhado" e colaborar n' "O Riso" e n' "O Monóculo", que ajudou a fundar, e, ainda, na "Ilustração Portuguesa".
Foi autor da capa do livro "Teoria da Indiferença", de António Ferro (1920), pintou quadros de cenários urbanos cheios de elementos visuais, como o Retrato do Dr. Pimentel, também chamado "O meu violão, que não tem cordas, só serve para isto", em 1918, e pintou paisagens. No final da vida, realizou alguns trabalhos de arquitetura.

Este ilustrador e grande caricaturista morreu tuberculoso, no Minho, em 1923.
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2010)

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